Plasticidade dependente da experiência e córtex auditivo

Jun 2022

Ao longo da vida, as pessoas estão expostas a ambientes acústicos que deixam impressões duradouras, como o som de uma voz familiar ou o ritmo de uma música cativante.


Uma questão fundamental na neurociência cognitiva é como e onde essa informação auditiva é adquirida e armazenada no cérebro. Acredita-se que essas formas de memória declarativa dependam do processamento no hipocampo e na amígdala. No entanto, estudos crescentes indicam que a plasticidade do córtex auditivo desempenha um papel essencial na formação de memórias auditivas.


Em 1956, foi demonstrado pela primeira vez, utilizando paradigmas animais com aprendizado ativo de associações, que mudanças significativas ocorriam na atividade eletrofisiológica do córtex auditivo durante a exposição a sons.



Posteriormente, foi comprovado que essa rápida plasticidade também ocorre em paradigmas passivos, nos quais os animais são expostos repetidamente a estímulos acústicos.


Um grande número de estudos, revisados neste capítulo do manual Neural Correlates of Auditory Cognition (Cohen et al., 2013), têm buscado identificar as regras e os papéis precisos desse tipo de plasticidade no aprendizado e na memória auditivos.


Referências:


Shepard, K.N., Kilgard, M.P., Liu, R.C. (2013). Experience-Dependent Plasticity and Auditory Cortex. In: Cohen, Y., Popper, A., Fay, R. (eds) Neural Correlates of Auditory Cognition. Springer Handbook of Auditory Research, vol 45. Springer, New York, NY. https://doi.org/10.1007/978-1-4614-2350-8_10 

 

Cohen, Y. E. (2013). Neural correlates of auditory cognition. Springer.